terça-feira, setembro 30, 2008

O convite

Depois de uma semana de inactividade, este blogue volta à activa. Aqui há a tendência para as coisas pararem e se acumularem a seguir, mas este post tem de entrar hoje, até porque só o Rádio Clube ligou a esta exposição. Devia chamar-se, talvez, «uma outra ausência». Nada que espantasse o autor de O País do Absurdo.

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terça-feira, setembro 23, 2008

Put on your knees and pray

De joelhos numa fila para almoçar - é isto o que esperam os caloiros, os "novos alunos" que recém-chegados à Universidade dão de caras com veteranos de negro ávidos pela violência gratuita e pela humilhação. É triste que as praxes se mantenham assim, num injustificado lastro de tradição absurda e desnecessária. As praxes, no fundo, não servem para nada. Para nada mesmo. O Verão vai terminando lentamente e a tranquilidade da cidade universitária é apenas interrompida por gritos brejeiros e manifestações de uma força inútil. As propinas aumentam exageradamente mas não se ouve uma voz de protesto. Apenas disparates versando o sexo e o álcool. Um retrato da academia.

Em jeito de desabafo

A escola é um armazém de três turnos de um milhar de alunos e é por vezes impensável o enquadramento físico dos mesmos dentro do reduzido espaço que lhes cabe. A escola em vez de ser um lugar de convivência, descoberta e criação, torna-se uma espécie de um local de "agressão" e de competitividade entre o que é urgente fazer, aprender e o que seria desejável e pedagógico transmitir. A educação fica submersa no meio da complexidade dos horários, dos espaços compactados, da extensão dos currículos, da aridez de certas matérias, das condições violentas exigidas a vários professores para quem ensinar acaba por ser dar séries de aulas a séries de turmas que são praticamente agredidas com o despejo da matéria.
Para onde se caminha? Que tipo de pessoas se querem formar?

segunda-feira, setembro 22, 2008

on the go



Vai abrir cá dia 30, no Jumbo de Alfragide. Café caro e fracote, pior só a legenda desta imagem, no Expresso: «Na Starbucks, o café é glorificado com a mesma paixão que os "sommelliers" apreciam os vinhos». Entre a moda dos vinhos que já enjoa e o elogio à água escura do Starbucks... saudades de Itália!

Isto dava uma série de posts, desde as boutiques nespresso às lojas gourmet, se este blog fosse regular...

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domingo, setembro 21, 2008

A Bit of Fry & Laurie [Not Raising Interesting Cultural Questions]

quinta-feira, setembro 18, 2008

Partilha de poder

Em sessão pública Mugabe e Tsvangirai, com o apoio de Arthur Mutambara, assinaram o acordo de partilha de poder entre eles e a constituição de um governo de unidade nacional com cerca de trinta ministros.À primeira vista os dados parecem bem lançados para a formação governativa. No entanto, não parece clara a distribuição dos pelouros ministeriáveis nem a atitude de Mugabe. A antiga oposição ficará com dezasseis ministérios e a ZANU-PF com quinze lugares. Como serão distribuidos os dezasseis da maioria? A ZANU-PF terá mais ministros? Quanto a Mugabe, aceitará a tutela da segurança por parte de Tsvangirai?

quarta-feira, setembro 17, 2008

Humor de Morto Vivo


- Eles dizem que não mata! Não mata mas mói!!


- O pior é que às vezes mói e mata, isso é que eles não dizem!!


Ouvido num hospital de Lisboa

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Sem surpresa

Como sempre, nada do que se passa mal tem a ver com ele...
e este, então...

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quinta-feira, setembro 11, 2008

A explicação para a minha ausência



Se conseguirem reparar na barra inferior irão ver que o punk rock dos No Use For A Name tem sido suficientemente inspirador para pelo menos a dita cuja já ter título. Ironias à parte, espero voltar em breve das trevas.

O costume

Como sempre, Queirós leu mal o jogo e renovou (mal) a linha avançada quando devia ter refrescado o meio campo. Maniche, completamente nulo, ficou em campo 90 minutos (Carlos Martins fez pior?...). Resultado, o empate.
Em desespero, e com a tontice escandinava, um penalty deu para nova vantagem. E Queirós, de novo mal, tirou um avançado e pôs um médio a 5 minutos do fim. A equipa percebeu a ordem e recuou.
Quando chegou o canto resmunguei: «dar cantos a estes tipos...» E no entanto, quem tanto gritava por Quim no tempo de Ricardo agora nada diz...
Feito o mal, não custava perceber o que se seguia. E, com Meireles e Pepe (o melhor central do Universo, naturalizemos também o Liedson para manter o melhor marcador da Europa na linha...) a darem as costas à bola, não tardou o pior. Já no apuramento para o último Euro, uma substituição avançado por médio perto do fim deu nisto mesmo.
Queirós é superior tacticamente a Scolari (coisa simples), mas sempre leu mal os jogos. Isso sim é motivo para ser persona non grata em Alvalade.
E já agora: por que motivo Djaló e Moutinho não jogaram pelos sub21?

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quarta-feira, setembro 10, 2008

O dono da bola

Já lá vão os tempos em que milionários investiam no futebol às cegas e quase sempre com péssimos resultados. Mas o campeonato inglês que gera lucros que excedem os dois mil milhões de euros, contrariou rapidamente esta tendência esporádica e depressa despertou o interesse de grandes magnatas que vêem o futebol como um bom negócio.
Prova disso foi a compra do Manchester City, adquirido por um fundo de investimentos liderado por Sulaiman Al-Fahim, estando por detrás deste investimento o dedo da família real do Abu Dhabi.
Quase em simultâneo a esta aquisição, decorria em Nyon o fórum de treinadores de elite cuja preocupação foi precisamente a compra e venda milionária de clubes e de jogadores e a alteração da competitividade e dos modelos de jogo. É certo que equipas de estrelas e clubes de renome sempre existiram mas patrocinados pelo petróleo podem alterar o mundo do futebol e dos negócios.

terça-feira, setembro 09, 2008

Imponderáveis

Passo então a explicar para quem for menos versado nestas matérias:
Não é Al, mas El Alamein. Nada de grave, é uma gralha. Às vezes até se «oficializam» (o conhecido OK é a escrita fonética, por um alemão, das iniciais de «all correct»). Foi uma batalha importante na II Guerra Mundial, na qual, às portas do Cairo, o Afrika Korps de Rommel (aka Raposa do Deserto, cf. labels do post anterior) perdeu a iniciativa da acção na frente de batalha para o VIII Exército inglês liderado por Montgomery.
Sobre a pachecada: como os próprios leitores do Abrupto observam, a constatação da brutalidade totalitária estalinista como equivalente à nazi nada tem de novo. E sobre a tese «afinal foram os sovietes a vencer, não os EUA», é apenas um sofisma que oblitera dois factos: 1) a URSS foi mantida com abastecimentos vindos dos EUA; 2) as múltiplas frentes que, graças aos Aliados, dispersavam os Alemães (já de si incapazes de ocupar um país com as dimensões da URSS) e a indiferença soviética face ao Japão (que só foi atacado por Estaline quando Hitler estava derrotado - e o Japão também), são realidades incontroversas que bastam para desautorizar a separação radical da acção soviética face à acção dos EUA.
A chave do post era o label LOL.
PS Já há continuação da logomaquia no Abrupto, que não desmerece nada a que foi linkada no post anterior. A Polónia tem costas largas...

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sexta-feira, setembro 05, 2008

«Al Alamein»

Como dizia Rambeau? Diz que a logomaquia continua, a ver vamos.

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segunda-feira, setembro 01, 2008

Presentes!

Várias forças policiais lançaram uma série de acções de fiscalização em vários núcleos urbanos do país que tentaram dar um sinal à população de que está activa e actuante. No entanto, estas acções não deixam de ter um carácter pernicioso: por um lado, produzem associações entre a criminalidade grave e determinados grupos e bairros típicos e estigmatizados que se encontram já marginalizados socialmente e, por outro lado, potencia clivagens e medos mútuos donde saem as superpolícias como soluções mágicas.