Fim da silly season

Até é pena acabar, mas acabou em grande com a faena de Madrid, jogo incompreensivelmente agendado a menos que tenha sido para impedir euforias. Felizmente, não falta quem já esteja saturado de novelas e palermices. E que bons sais de frutos estes sorteios em que todos os outros tiveram menos sorte, para variar...

Ad Astra Per Aspas, Apóstrofos, Vírgulas, Et Caetera

Via Book Bench, um dos blogues da New Yorker, tomei conhecimento da impagável saga pró-ortográfica dos dois estudantes de Dartmouth auto-denominados TEAL (acrónimo de qualquer coisa como Liga para a Promoção da Erradição das Gralhas). De registar que a sua valorosa missão acabou de sofrer o primeiro revés: na sequência de um de muitos raides correctores perpetrados durante certa expedição cross-country do par, a rasura de uma placa classificada existente no Grand Canyon valeu-lhes um processo por vandalismo. Mas como não tirar o chapéu a quem, mesmo condenado, lamenta ter deixado escapar um "emenso" erro?

[Foto: Chicago Tribune (Jeff Deck, um dos TEAL em acção]

Desporto-rei

Tanta coisa com as desculpas dos nossos olímpicos... já ninguém se lembra do imbatível keeper Bento, quando a selecção perdeu por 5-0 na URSS (apuramento para Euro-84)? «Efectivamente, não temos condições, não havia fruta no hotel». Cito de memória, o original foi decerto ainda melhor. Bons tempos...

Os Jogos e a SAD, etc (ao cuidado do Prof. Moniz Pereira)

Se os dirigentes do SCP estivessem à altura do clube, tratavam de, no próximo jogo em casa, esperar pelo intervalo para levar Naide Gomes e Francis Obikwelu ao centro do campo para dar a cada um uma medalha (platina?) pelo comportamento digno que tiveram em Pequim, como sempre.

Almanaque do Povo

Época Baixa?: Sim, muitos bloggers aproveitam para navegar em mares menos virtuais por boas semanas. Outros, como que por homeostase, mantêm isto animado: vide A Terceira Noite, Branco Sujo, Ouriquense, et alii.

No tempo de Trás-os-Motores-de-Busca: Passou a estar disponível à consulta no site da Biblioteca Nacional Digital um bem interessante conjunto de dicionários e enciclopédias publicados entre os sécs. XVII e XIX. De lendas a dialectos a nomes de flores, já então se encontrava de tudo.

Os Olímpicos: Ia dizer umas coisas, mas mais vale linkar este post, que elas estão lá quase todas. O quase diz respeito a Gustavo Lima, um velejador que já foi campeão europeu, mundial, que mais uma vez foi aos Jogos dar o litro, mas por um ponto não chegou ao seu objectivo, um lugar no pódio. Um quarto lugar que em nada desonra o país, pelo contrário - obrigada, Gustavo.

[Reprodução]

Suspiro (no sofá)

Pior mesmo que a renovação do Polga, só mesmo a nomeação de um «adepto leonino» (um clássico que nã cansa, pelos vistos) para arbitrar a Supertaça no próximo Sábado... Passou o Verão da novela juridico-futebolística, sem consequências, e ninguém teve tempo para castigar a indisciplina de Lisandro, Quaresma e Fucile na final da Taça, logo é de prever que estes e outros (Bruno Alves, Meireles, Lucho, mas também Caneira e Rochemback, além de Derlei) nos ofereçam um festival de pancadaria. No fim, o Professor Jesualdo dirá as habituais enormidades e os «responsáveis» do Sporting nada farão.

Entretanto, nos Jogos, o nacionalismo primário da contabilidade de medalhas serve (?!) para vermos provas sem qualquer interesse só por lá estarem portugueses, habitualmente por pouco tempo. Ginástica? Mas que é isso?...

Almanaque do Povo

[Almanach des Postes et des Telegraphes, 1932, reprodução via Rugby Pioneers]

Movimento estival: As Afinidades Efectivas, O Cachimbo de Magritte e a Ana de Amsterdam estão suspensos, já a Vida Breve voltou a dar sinais de si. Miss Pearls e Combustões assinalaram mais um ano de vida. O Abrupto vem oferecendo um curioso clipping de leituras.

Eco-lógico: Sabe quanto custa ao planeta o seu estilo de vida? Não? Então calcule.

Conflito no Cáucaso: Via Global Voices podem-se ir acompanhando os testemunhos de bloggers apanhados em ambos os lados do conflito, como este.

A-Bomb: Lembrando mais um aniversário sobre os bombardeamentos que marcaram o fim do último conflito mundial, aqui fica esta breve mas interessante conversa entre Martin Sherwin e Charlie Rose, acontecida em 2005.

One world, one dream

A um dia da abertura oficial dos jogos olímpicos, quatro activistas foram detidos perto do Estádio Nacional, em Pequim. Os activistas manifestaram-se a favor do Tibete, acabando por ser detidos pela polícia após estiarem faixas com as palavras de ordem: "One world, one dream: free Tibet". Perto do arranque dos jogos olímpicos, a promoção de iniciativas pelos direitos humanos sucede-se e parece não haver segurança capaz de calar uma voz que é cada vez mais universal.

Um intervalo

Bruno Cardoso Reis, o nosso amigo e colaborador assíduo neste blogue já não escreve há algum tempo. A sua indisponibilidade deve-se à recuperação de uma intervenção cirúrgica a que foi submetido há poucas semanas. Ansiando o seu regresso à blogosfera, aqui ficam os votos de uma rápida recuperação. Até breve!

Um Oriente Menos Extremo?

[Xangai (Foto: NV)]

Apesar do muito trabalhinho que deve ter para fazer por estes dias, James Reynolds continua pela bloga, postando pequenos grandes apontamentos como o que compara as perspectivas do Governo Chinês e da Amnistia Internacional acerca da liberdade e qualidade de vida dos cidadãos desse território. Surpreendentemente (ou vendo bem, talvez não), dá razão a ambos.

Missa est

Ai, ai...Num grande já ele está, desde logo grande demais para ele (ou melhor: grande ainda apesar dele). Ide, ide.

Da intervenção de Cavaco Silva

Fiquei com a sensação que na intervenção televisiva da semana que passou, Cavaco Silva ao focar o estatuto regional dos Açores não ocupou o seu tempo de antena a fazer uma mera análise informativa ou a dar um simples parecer sobre o assunto, mas sim a enviar uma mensagem subliminar a terceiros. E os terceiros poderão ser aqueles que tendem a governar largas áreas como feudos pessoais e que julgam que podem gerir "a sua propriedade" como bem entendem. Neste momento, ocorrem-me dois nomes: Alberto João Jardim e José Sócrates.

Abrupto

Eis um artigo que honra quem o escreve.