domingo, setembro 30, 2007

A vocação de S. Mateus


Roma é uma cidade que trata com malícia os turistas acidentais. Pode fazer-lhes pagar um bilhete caro para ver um museu que não vale nada ou permitir-lhes entrar gratuitamente numa igreja com um quadro magnífico. É o caso da Vocação de S. Mateus, de Caravaggio, na igreja de S. Luigi dei Francesi, a poucos metros do sítio onde fiquei hospedado.

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INSÓLITO Acidente no Campo Pequeno Joao Salgueiro vs Toiro

Os franceses têm Zidane, os portugueses João Salgueiro. Zidane passou-se porque um jogador lhe insultou a irmã, Salgueiro não suportou as marradas de um touro no seu cavalo. Saltou para o chão e enfrentou o bicho. Um homem contra um touro. O homem perdeu mas, por uma vez, bato palmas a um genuíno toureiro.

O verdadeiro herói

«Acho que o país está doido!», disse Santana Lopes na SIC notícias, e saiu a meio de uma entrevista em protesto por lhe cortarem a palavra para cobrir, em directo, a chegada de Mourinho a Lisboa. Como escreveu Brecht, há homens que lutam toda a vida e se tornam imprescindíveis. Outros têm momentos inspirados numa vida pública errática e merecem, por uma vez, o nosso aplauso. Mas chamá-los heróis é abusivo. Herói, improvável ou não, é Obélix.

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sábado, setembro 29, 2007

Menezes, o blogger

Menezes foi dos mais surpreendidos com a sua vitória. Só assim se percebe que ainda há dias andasse sistematicamente a duvidar do processo eleitoral e a ameaçar com o recurso aos tribunais. Se contasse ganhar Menezes só estaria a manchar a legitimidade da sua vitória e a acirrar os ânimos dos derrotados. Aliás, o eleito do PSD e a sua "equipa" ainda estão tão surpreendido com a vitória que não conseguiram alinhavar uma conferência de imprensa anunciada (e desanunciada - até ver) para hoje, sábado . Parece que também não sabe se fica pelo Norte ou desce até Lisboa.

Será interessante - como logo veio recordar o agora tão pertinente Santana Lopes, em hora de vingança - ver como é que as elites e os sulistas vão reagir a Menezes, e como vai ele amanhar-se com eles. Será que vão dar a este líder um período de graça? Duvido. O PS tem razão para se despreocupar. Mas como bem disse um especialista no assunto, Francisco Loução, o sistema partidário é bem capaz de estar a entrar em crise. Até porque é possível que o previsível populismo errático e sentimental de Menezes venha abrir algumas portas a outra direita.

Há uma vantagem inegável, no entanto, no novo líder do PSD. Menezes famosamente declarou - a propósito de um cómico caso de plágio - saber o que é um blogue! O que não é mau, tendo em conta que tem um (devidamente assessorado). É de esperar - suponho - o mesmo entendimento da política, onde Menezes também anda agora tão distintamente envolvido.

FONTE IMAGEM: http://www.rtp.pt/

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Santana Lopes na BBC

O belo momento protestário de Santana Lopes valeu-lhe passar da Sic Notícias à BBC News. Ei-lo, na qualidade de 'político português' e 'um ex-primeiro-ministro', notícia de "primeira página" no site da encarnação virtual da velha senhora britânica. As fotografias, no entanto, são do Mourinho. E a notícia é a cobertura da chegada de Mourinho a Portugal ter provocado tal protesto. Não se pode ter tudo.

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sexta-feira, setembro 28, 2007

Almanaque do Povo

Parabéns: o SAPO comemorou doze anos no início deste mês. No ano em que os seis estudantes de Aveiro o criaram (será que já o imaginavam com a dimensão que veio a ter?), acho que ainda nem tinha e-mail. Se não me engano, foi no ano seguinte que um colega de curso, hoje bom amigo, me explicou como abrir uma conta grátis no Yahoo. Por essa mesma altura comecei a explorar, muito esporadicamente, a web. Tanto mudou em tão pouco tempo. Parabéns aos criadores do serviço de apontadores, hoje portal, por ousarem inventar.

Entrever: ontem Judite de Sousa entrevistou Vanessa Fernandes. Não me lembro da última vez que prestei atenção a uma Grande Entrevista, da mesma forma que não me lembro quanto tempo passou sem que visse alguém responder ao que lhe foi perguntado em televisão de forma tão despretensiosa e objectiva. Quem ainda vê televisão generalista à hora do jantar só pode agradecer penhoradamente tal desenjôo. Já não há paciência para os entrevistados oblíquos do costume.

Novidades: Via Insónia, fui visitar o Paralógico de Picoas; gostei.

Além-Mar: Desejo a melhor das sortes e fasta viagem ao autor do Combustões. Quando puder, conte-nos desse mundo, Miguel.

[gerador de primeira página achado aqui]

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segunda-feira, setembro 24, 2007

Ante Portas

Se há domínio em que anseio pelo retorno do figurativismo é no da sinalética. Levante a mão que nunca deu por si num espaço comercial, cultural ou restaurativo tentando decifrar símbolos que o levassem a acertar no desbebedouro. Felizmente, há sempre um criativo sabedor de que, em momento de necessidade, nenhuma qualidade bate a clareza.

quinta-feira, setembro 20, 2007

Não vivemos em mercado livre (caso ainda não tenham percebido)

Alan Greenspan, o ex-banqueiro central norte-americano, revela no "Daily Show" uma dose considerável de honestidade intelectual: antes de mais, admite que, com o sistema monetário que temos depois do padrão-ouro, não vivemos realmente num mercado livre. Toda a economia é condicionada pela unidade monetária de papel que circula em regime de monopólio e esta é administrada por "reguladores", que tomam decisões arbitrárias impostas a todos os agentes económicos. Sobre o processo de decisão desses "reguladores", Greenspan não podia ser mais claro: não sabem - ninguém sabe - fazer previsões e aquilo que usam são os dados disponíveis a toda a gente interessada. E é curioso que, perante perguntas do senso comum como as de Jon Stewart ("porque tem de existir um banco central?"), Greenspan não tenha nada para dizer em defesa do sistema. Se não estivessemos viciados no sistema inflacionista em que vivemos - que realmente penaliza o trabalho e a poupança, como Jon intui -, o que teria sentido seria restaurar o padrão-ouro (é o que Ron Paul anda a dizer na campanha para as primárias republicanas).

quarta-feira, setembro 19, 2007

Ron Paul no Value Voters Debate (ontem)

O Dr Ron Paul explicou mais uma vez porque é o melhor candidato presidencial norte-americano.

segunda-feira, setembro 17, 2007

Almanaque do Povo

À borda de outra água: O Almanaque do Povo excursionou mui brevemente por terras de Um Inimigo do Povo. A Noruega actual não se mostrou tendente a excitações colectivas semelhantes às do enredo ibseniano, ainda que não tenha escapado à tabloidite associada ao infeliz caso McCann. Atingidos após algumas décadas de social-democracia níveis sem precedentes de qualidade de vida, os noruegueses discutem agora a melhor forma de preparar um futuro sem o maná energético responsável pela sua prosperidade, discussão essa centrada na gestão do fundo petrolífero nacional. Habituada ao segundo mundo, certa pandilha portuguesa não sabe se estranhou mais a ausência de ostentação material pública e privada, se o preço da cerveja, se as maçãs deixadas nos beirais em oferta aos passantes, se a cadência cronometricamente alinhada da vida social. Não estranhou nada foi aquela relação com a Suécia, a Espanha da sua península. E os vikings blogam? Blogam, obviamente. Dois dos mais conhecidos bloggers são Bjørn Stærk e Hans Rustad.

Aniversários: O Meia Livraria e o Cinco Dias fazem hoje ano(s); parabéns aos seus autores.

Não conhecia, passei a conhecer e gostei: d'O Holoscópio, assinado por Luís Miguel Bernardo, dedicado à história da ciência em Portugal, e do Mitos Climáticos, de Rui G. Moura, sobre o mais velho desbloqueador de conversa do mundo.

Shame on me: Quase me escapava, a exposição de Pedro Vieira, o virtuoso irmãolúcia, na Trem Azul Jazz Store - Rua do Alecrim 21-A, desde 11 deste belo mês.

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Pedro Arroja em cheio!

Quando discordo, critico; quando gosto, gosto mesmo. Recomendo vivamente estes sete excelentes posts no "Portugal Contemporâneo":

um
dois
três
quatro
cinco
seis
sete

quinta-feira, setembro 13, 2007

Boa onda


A capacidade do Dalai Lama de criar relações harmoniosas entre pessoas e partidos antagónicos é espantosa. Ainda ontem Tenzin Gyatso chegou a Lisboa e Jerónimo de Sousa começou logo a falar nos problemas políticos do Tibete e nas razões para negar uma recepção oficial ao Dalai Lama, num tom repleto de «boas vibrações» para com o Governo, anteriormente classificado pelo PCP como o «mais à direita em Portugal desde o 25 de Abril».

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O Dalai Lama e a situação no Tibete


As declarações do Dalai Lama ontem, no dia de chegada a Lisboa, podiam ser uma resposta ao longuíssimo comentário que um anónimo me fez ao post anterior. Começava por perguntar a quem interessava a divisão da China e desenvolvia uma longa dissertação sobre a História do Tibete sublinhando as relações sociais arcaicas e opressivas da sociedade tibetana antes de 1950.
Tenzin Gyatso reafirmou que não pretende a independência, mas uma verdadeira autonomia do Tibete. Alguns números a contrapor: em Lhasa dois terços dos habitantes são chineses - «Os tibetanos tornam-se minoria na nossa própria terra; na sua vida diária, a minoria tibetana tem de falar chinês.» Outra das suas críticas vai para a política económica chinesa que delapida os recursos naturais do Tibete.
Quanto à ao modelo sócio-económico vigente no Tibete até meados do século XX, nunca foi defendido pelo Dalai Lama o qual, pelo contrário, disse: «Há tibetanos na sala e com certeza concordam quando digo que [ninguém] quer voltar ao Tibete antigo.» Devolvo ao comentador anónimo o cumprimento sobre a necessidade das pessoas se informarem acerca do que escrevem.

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quarta-feira, setembro 12, 2007

O Dalai Lama em Lisboa

Só uma personalidade rara como o décimo quarto Dalai Lama pode estabelecer uma ponte entre uma cultura tão exótica e remota como a do budismo tibetano e a cultura global em que vivemos. Ler o LivroTibetanos dos Mortos e Ética para o Novo Milénio permite compreender esse trajecto fascinante. Escrevi sobre o Dalai Lama e o seu projecto ético logo no início deste blogue, aqui.
É paradoxal que o 11 de Setembro e a luta contra o terrorismo sejam invocados para negar uma recepção oficial ao Dalai Lama pelos máximos responsáveis políticos portugueses. O Dalai Lama é um exemplo de resistência não-violenta a um Estado opressor; de conciliação entre a fidelidade a uma tradição religiosa muito particular e de defesa de valores universalizáveis; de empenho na libertação do medo e do ódio, as sementes do terror. Arnold Schwarzenneger recebeu-o como Governador da Califórnia e Sócrates recusa-se a recebê-lo como primeiro-ministro de um Governo Socialista. O antigo «exterminador» pode olhar de cima este país de «brandos costumes».

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Curtas portuguesas na RTP2

A RTP2 vai passar no próximo domingo, 16 de Setembro, a partir da meia noite e meia, duas curtas-metragens de Margarida Leitão: Parte de Mim (2006) e A Ferida (2003). A realizadora nasceu em 1976 e possui um curriculum cinematográfico preenchido, como se pode ver aqui, tendo realizado estas duas obras de ficção. É possível descortinar nestes filmes linhas de continuidade temática e estética: os sofrimentos femininos, a centralidade do corpo na exposição das emoções e a impotência das palavras perante a tragédia, o silêncio, as sombras.
Antes de enveredar pela ficção, Margarida Leitão realizou Kilandukilu (1998), um documentário sobre os primeiros passos de um grupo musical africano, actualmente bem conhecido dos frequentadores do Andanças.

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terça-feira, setembro 11, 2007

W. H. Auden (1907-1973)






PAREM JÁ OS RELÓGIOS, CORTE-SE O TELEFONE





Parem já os relógios, corte-se o telefone,
dê-se um bom osso ao cão para que ele não rosne,
emudeçam pianos, com rufos abafados
transportem o caixão, venham enlutados.

Descrevam aviões em círculos no céu
a garatuja de um lamento: Ele Morreu.
no alvo colo das pombas ponham crepes de viúvas,
polícias-sinaleiros tinjam de preto as luvas.

Era-me Norte e Sul, Leste e Oeste, o emprego
dos dias da semana, Domingo de sossego,
meio-dia, meia-noite, era-me voz, canção;
julguei o amor pra sempre: mas não tinha razão.

Não quero agora estrelas: vão todos lá para fora;
enevoe-se a lua e vá-se o sol agora;
esvaziem-se os mares e varra-se a floresta.
Nada mais vale a pena agora do que resta.

Vasco Graça Moura (organização da antologia), 366 poemas que falam de amor, Lisboa, Quetzal Editores, 2004, p. 80.

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segunda-feira, setembro 10, 2007

Onde está o ursinho?

O debate sobre o casal MacCann transmitido ontem pela SIC valeu a pena. Tudo vale a pena quando a escuta é atenta. Transcrevo de seguida algumas pérolas de sabedoria (especializada) que desafiam os quadros conceptuais do senso comum e podem mudar a nossa vida:

«Onde está o ursinho?» (Paulo Sargento)
«A mediatização é um pau de dois bicos.» (Paulo Sargento)
«Temos de lidar com o desconhecido.» (Ana Vasconcelos)

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domingo, setembro 09, 2007

Portugueses em África no século XX



Passagens para África: o povoamento de Angola e Moçambique com naturais da metrópole (1920-1974), a adaptação para livro da tese de doutoramento da historiadora, arquivista e blogger Cláudia Castelo já se encontra à venda nas livrarias.
O lançamento do livro será na 6ª feira, 14 de Setembro, às 21.30h, na Ler Devagar da Fábrica de Braço de Prata. O Professor Valentim Alexandre fará a apresentação, seguida de tertúlia.
Eduardo Pitta escreveu uma nota de leitura atenta do livro aqui.

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sábado, setembro 08, 2007

Dez livros à temperatura ambiente

Em resposta ao desafio de LAS, aqui vai uma lista de dez livros que não mudaram a minha vida, nem sequer me aqueceram ou arrefeceram. Não me fixei em manuais ou livros de leitura obrigatória. Quem acha que a leitura pode ser um acto de resistência a «dirigismos culturais» e se aventura em leituras não recomendadas paga o preço de ler coisas sem interesse. Quem se preocupa em seguir um cânone formal ou informal acaba também por ler textos sem interesse. É a vida…dos leitores.
1.Uma Família Inglesa, de Júlio Dinis. Pelo contrário, As Pupilas do Senhor Reitor causaram um certo impacto.
2. A Palavra, de Irwing Wallace.
3. História de um Idiota Contada por Ele Mesmo, de Félix de Azúa. O título diz tudo.
4. Tratado da União Europeia. Maastricht. 1992. Fui elogiado por ter lido este livro. Devo reconhecer que não mudou a minha vida.
5. O Cavalo-a Tinta-da-China, de Baptista-Bastos.
6. O Rio Triste, de Fernando Namora. É incrível, mas este livro ganhou o grande prémio do Romance APE a Balada da Praia dos Cães, de José Cardoso Pires, e a Memorial do Convento, de José Saramago.
7. O Viúvo, de Fernando da Costa.
8. Egipto-Faraónico. Os escritos perdidos sobre os Negro-Africanos, de A. Dias S. Kanombo. É difícil de acreditar, mas eu escrevi e publiquei uma recensão crítica a este livro.
9. Correspondances (1890-1953), de Auguste e Louis Lumière.
10. The Tibetan Book of the Dead. Trata-se da primeira transcrição completa, editada pela Penguin Books em 2005. O livro foi-me oferecido e é muito bonito, com capa dura e boas ilustrações, além de um comentário introdutório do Dalai Lama. Será que o li na altura errada?

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Debates transgénicos

Regressado de férias, aproveitei uma pausa numa rentrée pesada para me pôr a par de muitos textos publicados sobre o «caso» do milho transgénico. Miguel Portas, cujas reacções imediatas contribuíram para o clamor em volta da história, escreveu um texto mais ponderado aqui. O post só indica que passou ao lado do essencial. A direita cumpriu o seu papel ao defender o direito de propriedade. A esquerda não percebeu que nesta história não se encontrava em causa apenas o direito de propriedade, mas também o direito do trabalho. O slogan da esquerda não era «a terra a quem a trabalha?». Neste caso, quem é que trabalha a terra – José de Menezes ou Gualter Baptista? Se uma cooperativa decidisse, em assembleia, cultivar milho transgénico o problema não era exactamente o mesmo? Se um grupo de «ambientalistas» atacasse uma cooperativa que cultivasse milho transgénico para quem é que iam as «simpatias» de Miguel Portas?
O Bloco de Esquerda vive o grande equívoco de imaginar que a causa ecológica é necessariamente anti-capitalista. Basta um nome – Tchernobyl – para perceber que não é assim. O que é que impede uma empresa privada de se dedicar à agricultura biológica e de ter como segmento de mercado os mais ricos? O que é que impede um Estado como o da Coreia do Norte de, se tiver capacidade tecnológica, produzir alimentos transgénicos?
No remate do seu post, Miguel Portas pergunta - «Transgénicos fora ou dentro do prato?». A minha resposta é a seguinte: se a ciência tem a certeza de que são prejudiciais à saúde, a lei deve manter os transgénicos fora do prato. Perante a dúvida científica, cabe ao consumidor escolher. A minha inclinação é para rejeitar alimentos transgénicos. O que posso exigir é que os alimentos transgénicos sejam identificados de modo a permitir a escolha, não apoiar a destruição de plantações. Até porque o produto das plantações transgénicas não vai necessariamente parar ao prato. Em Silves, não se cultivava milho transgénico destinado ao prato, mas a rações, ou seja, a manjedouras ou pocilgas.
A alimentação é apenas um aspecto das plantações transgénicas. Estas podem ter outro tipo de utilização, como a produção de biocombustível. E este ângulo da questão não tem sido abordado. Em causa está também a produção de energia renovável, que diminua a poluição da atmosfera, os custos de produção e a dependência face aos países produtores de petróleo. O movimento Verde Eufémia pode ser o mal de que pretende ser a cura.
Imagem retirada daqui.

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Desafio

aceite. O livros que não mudaram a minha vida foram aqueles que me obriguei a ler. Explico: no que toca ao consumo de bens não-essenciais, com raríssimas excepções - muito provavelmente por pertencer a uma primeira geração que a eles tem acesso desafogado - acabo o que começo. Não deixo peças, concertos ou filmes a meio. Em consequência, li livros que quase de certezinha acrescentaram nada à minha passagem por este mundo. Assim de repente:

I. Chocolate, de Joanne Harris.
II. Um Discurso sobre as Ciências. Boaventura de Sousa Santos.
III. Harry Potter e a Câmara dos Segredos, J. K. Rowling.
IV. O Perfume, Patrick Süskind.
V. O Método, Edgar Morin.
VI. Enquanto Salazar Dormia..., Domingos Amaral.
VII. A Arte da Guerra, N. Maquiavel
VIII. História Alegre de Portugal, M. Pinheiro Chagas.
IX. A Lei de Murphy e o Amor, org. Luigi Spagnol.
X. O Mundo de Sofia, Jostein Gaarder.

Passo a bola a quem mais quiser brincar.

quinta-feira, setembro 06, 2007

Aceitando o desafio

Para responder ao desafio da Margarida, apresento a seguinte lista:

1. A generalidade dos manuais escolares que me fizeram ler (já não tenho dados para os listar).

2. Os livros aos quadradinhos Disney que incompreensivelmente li (idem).

3. O “Amor de Perdição” de Camilo Castelo Branco (no 11.º ano).

4. A Constituição da República Portuguesa, que me convenceu por alguns tempos que ou estava na época errada ou o País estava dominado por extraterrestres.

5. “O que é a História?” de Marc Bloch (no 12.º ano).

6. Os livros de Georges Duby na faculdade.

7. Os livros de Jacques Le Goff na faculdade.

8. "Siddartha", de H. Hesse, porque uma amiga queria discuti-lo comigo.

9. Alguns livros de teoria curricular e de didáctica da História (que querias tu da vida, meu Deus?).

10. Um livro que não devo nomear que prometi recensear numa revista que também não devo nomear e que me fez aprender a não cair mais nestes servicinhos (para mais não remunerados e dos quais se espera uma complacência a que dificilmente me consigo obrigar).

Desafio para o mesmo exercício o CN, o Álvaro, a Ana Cláudia, o Bruno e o João.